Pedágios voltam em rodovias próximas a Apucarana
Nova concessão ativa tarifas nas BRs da região; veja onde estão as praças e o que muda para moradores e motoristas do Norte do Paraná
A cobrança de pedágio nas rodovias do Paraná voltou a fazer parte da rotina de motoristas, e Apucarana, no Norte do estado, está entre as cidades diretamente impactadas pelo novo modelo de concessão rodoviária.
A cidade, importante polo regional, está posicionada estrategicamente entre os lotes 2 e 4 do novo programa de concessão federal. Enquanto parte das praças já iniciou cobrança, outros trechos que cortam a região devem entrar em operação até o fim de 2025.
Região Norte entra no mapa dos pedágios
Apucarana está localizada às margens da BR-376, uma das principais rodovias do Paraná. Esse trecho faz parte do lote 2, já concedido à empresa Via Araucária, com previsão de duplicações, serviços de socorro mecânico, ambulâncias e guincho 24h.
A concessionária iniciou as cobranças no dia 28 de junho de 2025, com tarifas entre R$ 9,90 e R$ 12,30, dependendo do ponto de passagem e do tipo de veículo.
As praças mais próximas de Apucarana que já estão funcionando são:
| Praça de pedágio | Localização aproximada | Tarifa carro (R$) |
|---|---|---|
| Ortigueira | BR-376 (a 60 km de Apucarana) | R$ 10,20 |
| Califórnia | BR-376 (a 18 km de Apucarana) | R$ 9,90 |
| Jataizinho | BR-369 (sentido Londrina) | R$ 12,30 |
Além disso, está prevista a implantação de novas praças no eixo que liga Maringá, Apucarana, Londrina e Ponta Grossa, um dos mais movimentados do estado.
Lote 4 vai trazer pedágio para rodovias estaduais
Apucarana também será impactada futuramente pelo lote 4, que será leiloado em outubro de 2025. Esse lote abrange trechos da PR-444, BR-376, BR-369 e rodovias estaduais como a PR-170, que ligam Arapongas, Rolândia, Cambira, Mauá da Serra e Jandaia do Sul.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), esse lote prevê praças adicionais na região e investimentos em duplicações e manutenção de pistas.
Impacto para os moradores
Com a retomada da cobrança, muitos moradores da região de Apucarana expressaram preocupação com os custos no deslocamento diário. A cidade tem forte ligação econômica com Arapongas, Londrina e Maringá — cidades que podem exigir múltiplas passagens por pedágios.
"Eu moro em Cambira e trabalho em Apucarana. Com dois pedágios por dia, vai pesar no bolso", disse a auxiliar de produção Denise Santos.
Já para empresas de transporte e logística, a notícia é vista com mais otimismo. “Com estrada boa e segurança, conseguimos fazer entregas mais rápidas e com menos custos indiretos”, afirmou João Ricardo, gerente de uma transportadora local.
Descontos para motoristas frequentes
O novo modelo prevê descontos progressivos para usuários frequentes e quem utiliza pagamento automático (tags). Por exemplo, moradores que passam diariamente por um mesmo ponto podem ter redução de até 70% na tarifa, conforme o número de passagens no mês.
Para isso, é necessário cadastrar a placa no sistema da concessionária e instalar um dispositivo eletrônico (tag) no veículo.
Obras prometidas para a região
Além da cobrança, o contrato do lote 2 prevê uma série de melhorias para o trecho que passa por Apucarana e região:
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Duplicação parcial da BR-376 entre Mauá da Serra e Califórnia
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Implantação de faixas adicionais na PR-444
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Construção de viadutos e passarelas em trechos urbanos
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Serviço 24h de atendimento ao usuário com guincho, ambulância e socorro mecânico
Conclusão
A volta dos pedágios no Paraná marca uma nova fase para as rodovias da região de Apucarana. Se, por um lado, a cobrança representa um gasto adicional para motoristas e trabalhadores, por outro, a promessa de rodovias mais seguras e com melhor infraestrutura traz expectativa positiva para o desenvolvimento regional.
Agora, moradores e usuários aguardam para ver se as obras e melhorias prometidas vão realmente sair do papel — e se o modelo atual conseguirá corrigir as falhas e injustiças do passado.



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