Jovem paranaense transforma garrafas PET em filamentos para impressoras 3D
Projeto inovador une sustentabilidade e tecnologia, destacando-se no cenário educacional do Paraná
O estudante paranaense João Pedro Arruda, de 18 anos, do Colégio Estadual Cívico-Militar Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí, desenvolveu um dispositivo que transforma garrafas PET em filamentos para impressoras 3D. Este projeto inovador, realizado em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), une preocupação ambiental com avanços tecnológicos.
O Filamentador: Inovação e Simplicidade
O "filamentador" criado por João Pedro é composto por um motor elétrico e um tracionador que movimenta a engrenagem. O processo é simples: após cortar um pedaço da garrafa PET em tiras de 1 a 2 centímetros de largura, o plástico é passado por um bico extrusor aquecido, moldando-o em filamento. "A ideia veio da preocupação com o meio ambiente e do interesse em impressoras 3D", afirma João Pedro.
O controle da temperatura e da velocidade do processo, essenciais para a qualidade do filamento, é feito por um sistema automatizado que permite ao usuário ajustes em tempo real através de uma tela interativa.
Aplicações e Perspectivas Futuras
Os filamentos produzidos são utilizados como matéria-prima em impressoras 3D, permitindo a criação de objetos variados, desde acessórios e utensílios domésticos até componentes industriais. "Já conseguimos imprimir pequenos protótipos e estamos focados em melhorar a qualidade e resistência dos filamentos", projeta o estudante.
Com acesso a três impressoras 3D no colégio, fruto da parceria com a UFPR, João Pedro pode testar e aprimorar seu invento. O objetivo é produzir bobinas maiores e automatizar totalmente o processo.
Economia e Sustentabilidade no Projeto
O projeto ganhou forma nas aulas de Educação Financeira, com o apoio do professor Sinderlei Pimenta. A valorização do PET, que custa menos de R$ 1 o quilo, ao ser transformado em filamento vendido por até R$ 40 o quilo, chamou a atenção. "Ao unir economia e sustentabilidade, conseguimos valorizar um material abundante", diz João Pedro.
Professores de Robótica e Programação, Flávia Costa e Josimar Zambotto, juntamente com docentes da UFPR, ofereceram orientação técnica ao estudante. "Nosso papel é oferecer suporte e incentivar o protagonismo do João Pedro", destaca a professora Flávia.
Colégio Cívico-Militar: Berço de Inovação
O CCM Jandaia do Sul é conhecido por incentivar projetos sustentáveis e tecnológicos. Com 156 placas fotovoltaicas e um modelo cívico-militar, o colégio se destaca por sua infraestrutura e pelo apoio à inovação. "A direção sempre incentiva os alunos a desenvolverem suas ideias", afirma o diretor Vladimir Arcarde.
O modelo cívico-militar, presente em 312 colégios estaduais no Paraná, combina gestão civil com a presença de militares da reserva, promovendo disciplina e organização. Além disso, o estado investe em tecnologia nas escolas, com aulas de Robótica e Programação para milhares de estudantes.
Futuro Brilhante à Vista
Prestes a concluir o Ensino Médio, João Pedro sonha em seguir carreira em Engenharia da Computação e Inteligência Artificial. "Este projeto me ensinou a importância da pesquisa e da persistência. Transformar uma ideia em algo concreto e positivo é recompensador", conclui o jovem.
Fonte: Agência de Notícias do Paraná



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